O processo de design thinking é um processo voltado para buscar soluções de problemas. Problemas esses que existem em qualquer tipo de cenário, de negócios até a educação.
É por esse mesmo motivo que o design thinking está cada vez mais popular e mais frequente no mundo corporativo.
Afinal, saber resolver problemas complexos é uma característica essencial em qualquer ambiente. E além disso, com as 5 etapas do design thinking é possível fomentar o pensamentos e soluções criativas e inovadoras:
- Empatizar com o usuário;
- Definir o problema;
- Idealizar soluções potenciais;
- Criar um protótipo da solução;
- Testar o protótipo com os usuários.
Ter ciência dessas fases permite que você reflita criticamente no seu processo de resolução de problemas. Concedendo a garantia para que você esteja ciente sobre todos os aspectos do ambiente em que você está inserido.
Tornando a resolução do seu problema muito mais assertiva.
É por isso que, além do design thinking ser um processo ágil e bastante vantajoso, ele também é útil para problemas comerciais.
Utilizando ele, o foco é nos usuários e suas necessidades. Aproximando você dos seus clientes e consequentemente de resultados financeiros.
Porém, para ser executado com êxito, as empresas e as pessoas envolvidas nesse processo precisam estar dispostas a abraçar a mudança e assumir riscos.
No entanto, as recompensas são grandes. Afinal, quando as empresas acabam encontrando soluções para problemas complexos as resoluções são inovadoras.
“O design pode ajudar a melhorar nossas vidas no presente. O design thinking pode nos ajudar a traçar um caminho para o futuro.”
– Tim Brown, CEO da IDEO
Quais são as 5 etapas do design thinking?
As 5 etapas do design thinking são empatia, definição, ideação, prototipagem e testes. Elas servem como um guia para resolver problemas e desenvolver novos produtos, serviços ou estratégias.
Ele se baseia no princípio de que, ao entender as necessidades dos usuários, é possível projetar soluções que sejam tanto eficazes quanto atraentes.
As 5 etapas do design thinking clássico são:
- Empatia;
- Definição;
- Ideação;
- Prototipagem;
- Testes.
Seguir esses passos permite com que você tenha um norte para estar ciente sobre qual caminho é necessário percorrer.
Além disso, o design thinking permite guiar você para os seus próximos passos com o objetivo de achar soluções que sejam ao mesmo tempo amigáveis, bem sucedidas e tangíveis.
As etapas desse processo funcionam dessa maneira:
Empatia: Você no lugar do outro.
Empatia é a capacidade de entender e compartilhar os sentimentos de outra pessoa. É a primeira etapa do design thinking.
Pode-se dizer que é um componente crítico do design thinking. Só com a empatia é possível enxergar o mundo a partir da perspectiva dos usuários e assim entender suas necessidades.
Para empatizar com seus usuários, você precisa ser capaz de colocar-se no lugar deles e ver as coisas através do ponto de vista deles.
Isso pode ser feito através de:
- Pesquisas de usuários, que normalmente envolvem entrevistas;
- Estudos de campo.
Ao entender as necessidades de seus usuários, você pode projetar soluções que sejam tanto eficazes quanto atraentes para eles.
Definição: Descobrindo qual é o problema.
A fase de definição é a segunda etapa do design thinking. Durante essa etapa, você precisará definir o problema que você está tentando resolver.
Isso pode ser feito através:
- Análise de mercado;
- Análise da concorrência.
Uma vez que você tenha uma compreensão clara do problema, você pode começar a desenvolver possíveis soluções.
Fase de ideação: As possíveis soluções para o problema.
A ideação é o processo de apresentar ideias ou soluções para os problemas.
É um passo essencial no processo do design thinking, pois permite que você gere um grande número de soluções possíveis e, em seguida, restringi-las às mais promissoras.
Existem muitas técnicas diferentes de ideação, mas algumas das mais populares incluem:
- Brainstorming;
- Mapeamento mental;
- Sessões de ideação.
A ideação pode ser feita individualmente ou em grupos, e muitas vezes é útil usar uma mistura de técnicas para obter os melhores resultados.
Se você está procurando por uma nova ideia de produto, um novo modelo de negócio ou uma solução para um problema complexo, a ideação é um passo que você não pode ignorar de jeito nenhum!
Fase de prototipação: Aqui é onde você coloca em prática
A quarta etapa do design thinking é a fase de prototipagem. Um passo essencial para construção da solução no mundo real.
Prototipar significa criar de maneira tangível um modelo do produto ou serviço que você está planejando desenvolver. Porém, um modelo inicial. Não um modelo definitivo.
Isso permite que você teste a viabilidade de sua ideia e obtenha feedback de usuários potenciais
Também permite fazer mudanças e melhorias antes de investir tempo e dinheiro no desenvolvimento do produto final
A prototipagem pode ser feita usando uma variedade de várias formas, incluindo: prototipagem em papel, prototipagem digital e prototipagem de maneira física.
- A prototipagem em papel é uma maneira rápida e barata de testar um conceito, enquanto a prototipagem digital permite que você teste a funcionalidade do seu produto.
- A prototipagem digital é frequentemente utilizado com materiais e insumos tecnológicos.
- A prototipagem física é normalmente usada para testar a ergonomia de um produto, ou para criar um protótipo funcional que pode ser usado para testes do usuário.
A prototipagem digital e em papel, geralmente, são utilizadas nos estágios iniciais de desenvolvimento do produto, enquanto a prototipagem física é mais comum em estágios finais.
Mas lembre-se: Não importa qual processo de resolução de problemas você use, a prototipagem é uma parte essencial do desenvolvimento de um produto de sucesso.
Fase de Testes: A prova de fogo!
Os testes são a última etapa do design thinking no ciclo de desenvolvimento do soluções.
Durante esta fase, os testes são conduzidos para assegurar que o produto atenda a todos os requisitos necessários para o seu público alvo.
Estes testes podem ser divididos em duas categorias principais: testes funcionais e testes não funcionais.
Os testes funcionais avaliam se o produto é capaz de realizar suas tarefas pretendidas.
Testes não funcionais, por outro lado, avaliam coisas como usabilidade, desempenho e segurança.
Uma vez que todos os testes tenham sido aprovados, o produto está pronto para lançamento.
Nem sempre você terá uma vida confortável e nem sempre conseguirá resolver todos os problemas do mundo de uma vez, mas nunca subestime a importância que você pode ter, porque a história nos mostrou que a coragem pode ser contagiosa e a esperança pode assumir uma vida própria.
– Michelle Obama
Usando os pensamentos divergente e convergente nas etapas do design thinking
Na abordagem do design thinking, existem dois tipos principais de pensamento: divergente e convergente.
Os dois tipos de pensamento são usados nos estágios iniciais do design, ao explorar uma ampla gama de possibilidades e ao tomar decisões de qual caminho seguir.
Ao usar pensamentos divergentes, os designers devem se concentrar em gerar o maior número possível de ideias, sem avaliações ou julgamento, como na fase de ideação.
O pensamento convergente, por outro lado, é usado quando os designers estão estreitando suas opções e tomando decisões, como na fase de definição de ponto de vista.
Este tipo de pensamento é mais focado e analítico e permite aos designers avaliar as ideias e fazer escolhas com base em critérios específicos.
Para incentivar o pensamento convergente, os designers podem utilizar técnicas como a análise da matriz de decisão ou a pontuação ponderada.
O pensamento divergente é associativo. Já o pensamento convergente é focado em filtrar as soluções e escolher as melhores ideias.
Tanto o pensamento divergente quanto o pensamento convergente são essenciais para resolução do problema detectado durante a fase de pesquisa.
Quem está envolvido no processo precisa gerar ideias durante a fase de pensamento divergente, e então usar o pensamento convergente para escolher a melhor solução.
Ao usar as etapas do design thinking é importante lembrar que o processo não será linear, mas cíclico e não ordenado.
Em vez disso, você pode encarar o processo mais como uma espiral, com cada loop representando uma das diferentes etapas do design thinking. E enquanto os designers refinam suas ideias e soluções, eles vão ir e vir entre as etapas do design thinking.
O mais importante é continuar avançando e nunca desistir. Com um pouco de criatividade e perseverança, tudo é possível!
Micro etapas do design thinking no modelo do duplo diamante
O modelo de diamante duplo é uma estrutura que ajuda os designers a entender o processo de design.
Este modelo consiste de quatro estágios: descoberta, ideação, implementação e avaliação.
Estes quatro estágios podem ser ainda mais divididos, em seis micro estágios (ou ciclos):
- Entender o problema
- Observar o problema
- Definir a abordagem ao problema
- Ideação das soluções
- Prototipar uma solução
- Testar a solução
Você já pode estar se perguntando: “mas na imagem tem 7 etapas contando com a de refletir!”
É verdade, mas na prática ela não é contada como uma etapa, mas como um gatilho para repensar outras etapas. Fizemos dessa forma para facilitar o entendimento.
Usando o modelo de diamante duplo, os designers podem entender melhor como abordar de forma prática cada etapa do processo de design.
Dividindo o processo de design em estágios menores, os designers podem se concentrar em uma tarefa de cada vez e evitar ficar sobrecarregados.
Além disso, este modelo pode ajudar os designers a identificar onde eles estão no processo de design e o que precisa ser feito em seguida.
Vale ressaltar que existem novas formas de abordar isso hoje com mais auxílio de soluções digitais, mas a ideia ainda é a mesma.
As seis micro etapas do design thinking podem ser aplicadas a qualquer projeto de design, seja um website, um aplicativo móvel ou mesmo um novo produto.
Exemplo de como usar as etapas do design thinking sistematicamente
Com as etapas do design thinking em mente, agora é hora de você entender na prática como uma empresa consegue utilizar esse processo para alcançar resultados incríveis.
Por exemplo, o caso da Airbnb. Que, em 2009, a receita da empresa ficou estagnada em US$ 200 por semana e anos depois, a empresa atingiu valor de mercado de US$ 100 bilhões.
Porém, outro caso muito interessante é o da IDEO, com o restaurante Hunter Gatherer. O restaurante encarava um problema que para muitos seria impossível de se resolver.
A principal problemática era o fato de criar uma fonte confiável de alimentos na China e estimular um movimento em torno de práticas agrícolas conscientes.
O problema se deu devido ao fato dos últimos anos, a indústria alimentícia chinesa ter sofrido com as preocupações com a segurança alimentícia. Tornando difícil o acesso a práticas alimentares seguras.
Por isso, de maneira sistemática, A IDEO achou a solução para esse problema utilizando o Design Thinking da seguinte maneira:
Empatia:
A empatia surgiu do princípio de servir às pessoas comida de verdade e de maneira saudável, o que é direito delas.
O objetivo era restaurar a confiança no simples ato de comer bem e de maneira segura na China. Por isso os proprietários do restaurante procuraram a IDEO para construir um negócio escalável com base nessa visão.
Definição:
A definição do problema nesse cenário encarado foi criar uma fonte confiável de alimentos na China e estimular um movimento em torno de práticas agrícolas conscientes.
Ideação:
Uma das principais ideias encontradas nesse processo foi a utilização de ingredientes livres de produtos químicos, usando de fontes conhecidas e confiáveis.
Além de existir o desejo de introduzir introduzir ingredientes desconhecidos aos consumidores chineses.
Prototipação:
Na parte da prototipação o restaurante Hunter Gatherer levou em consideração as ideias elaboradas na fase anterior, fizeram protótipos de embalagens e colocaram em prática alimentos desconhecidos aos consumidores chineses em suas refeições.
Para isso, eles prototiparam conceitos diferentes de almoços e jantares. Levando em consideração toda a estrutura da China para isso.
A fase da prototipação é para isso mesmo, colocar a mão na massa e testar alimentos, sabores, cores, misturas e preços. E, claro, trazer consumidores para experimentá-los.
Os designers da IDEO, juntamente com a equipe fundadora, também trabalharam na marca e no posicionamento do que se tornaria a empresa Hunter Gatherer.
Testes:
Na fase final do design Thinking, eles se encontraram com agricultores, fizeram perguntas sobre seus processos e caminharam pelos campos para ver por si mesmos.
Eventualmente, eles se estabeleceram em dois terrenos fora de Xangai e começaram a desenvolver mais de 80 culturas diferentes para serem usadas no restaurante.
Eles projetaram e construíram um espaço de varejo e cozinha e, juntamente com os designers da IDEO, treinaram a equipe e organizaram os fluxos de trabalho.
A equipe preparou as mesas com potes cheios de flores, pendurou fotos dos agricultores que cultivavam os alimentos e colocou uma placa que mostra a porcentagem de vegetais provenientes diretamente das fazendas Hunter Gatherer, já mais de 70% em menos de um ano após a abertura.
Os clientes podem comprar legumes frescos, enlatados e potes de origem local e importados, caixas de cereais, smoothies feitos na hora, molhos artesanais e chocolates exóticos.
No andar de cima, eles podem se deliciar com pratos deliciosos no restaurante caseiro.
Viu só? Através do design thinking é possível transformar cenários que aparentemente não possuem soluções nenhuma em cenários que lindos, criativos e inovadores.
As cinco etapas do design thinking fornecem uma maneira sistemática de aplicar sua criatividade e habilidade analítica para resolver problemas.
Ao compreender as diferentes etapas do design thinking, você pode usar esta abordagem em sua própria prática, quer esteja trabalhando em projetos de produtos, processos ou estratégias.
Esperamos que este artigo tenha lhe dado uma melhor compreensão de como usar o design thinking em seu trabalho e que você continue explorando nosso blog para obter mais dicas úteis.
